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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Das lagartas que aqui habitam

E como ver o lado bom de ser lagarta....

Amanhece em um dia comum, dentro de horas, dias, semanas e meses, que trouxeram um ano intenso mesmo que ainda curto! Novo ciclo, novas vidas, parte de uma nova forma de ver a vida, de novos encontros, de renovação, nada é tão bom assim mas, também não é ruim.
A mudança corre mais que a gente e nos prensa a metamorfose, aquela velha ideia do senso comum que somos borboleta dentro do casulo? Então...
Todo mundo ainda tem um pouco de lagarta mesmo já sendo borboleta! E olha que a lagarta aqui se acha bem mais lagarta hahaha...
Somos mutação e quanto mais nos abrimos as mudanças mais elas nos surpreendem, nem sempre de forma agradável mas mudança! Ela que faz o tempo, as sensações que dá sentido ao que vivemos, pq ela nos coloca entre as coisas boas e ruins, ou coisas que conseguem ser boas e ruins e nos dar outra outra forma de viver.
A gente veste a cara lavada de quem ta pronto pro mundo e por vezes até mente pra si mesmo, achando mesmo que o que vier a gente dá conta, e ainda diz é o jeito, tem que ser forte mesmo. Quando na verdade ta rezando pra que as pessoas que podem enfrentar isso com a gente não nos deixe, porque mudança sem gente não tem sentido, sem a nossa gente é como se o oxigênio parasse de circular.
Respira! Faça aquilo que seu oxigênio parece circular, aquilo que você respira e diz to viva, veja a gente que a sua volta ta pra te ajudar na mudança, encare-as como se fossem trazer coisas muito significativas, anseie pelo que de bom elas vão trazer.
A gente não pode prevê-las, não podemos pensar que delas fiquem só as coisas boas, não podemos entender o porque que tem que ser assim, nem nos culpar pela nossas atitudes diante delas pois nós mesmos nos surpreendemos com aquilo que trouxemos, o que podemos fazer é perceber o que delas aprendemos, e o que delas nos fez pessoas mais entendedoras de si e do outro, não melhores porque melhores é como se houvesse um estagio de evolução e isso eu não acredito!
Auto-conhecimento é isso! Nos integra, nos dá a sensação de hoje sou mais viva, nos anuncia pra sair e deixar se respirar mais!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Das artes que não entendem, só sentem!



Se dança, tropeça
CAI

Se move, desliza
ALISA

Canaliza!


Se agita, milita
GRITA

Se ama, reclama
EUFORIZA

Carnavaliza

Levanta, caminha, continua...


ai.




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Premissas de desencontro ou anseios de permanência

Nos dias quase todas as coisas são comuns, quase tudo que passa entre nossos olhos tem cara de café amanhecido na pressa e almoço requentado na correria, raras vezes jantamos com propriedade, e não digo da alimentação boa, digo do apreciar comida, companhia e conversa, assim como raramente amanhecemos com mesa de café da manhã, café quente e pessoas em volta de uma mesa pra repartir o pão, filosofar a vida.
A gente esquece na correria que alguém nos espera pra jantar, a gente abstrai que amanhã é sábado e é dia de café fresco e amigos em volta da mesa, esquece o que passa nessa coisa de dividir a vida. A gente é feito de premissas e detalhes, e por mais que estes sejam o sentido da vida, escorrem feito água pelas mãos.
Quais raras as vezes que sai uma janta por várias mãos agora? Daquelas que a gente perde hora e conversa enquanto prepara, tomando um vinho ou uma cerveja quem sabe...
Cadê nossas noites de violão, nossos sonhos propagados em conjunto?
O que fica é que a gente se perde, perde os sonhos, as conquistas, as formas de se conquistar, a gente esquece o clima gostoso, por parecer que o conhecer passou, que não existe descobrir e que ta ali tudo o que já podíamos ter visto, “há eu já conheço” a gente sempre indaga assim.
Os detalhes são raridades, são o que alimenta e dá sentido mesmo quando a gente faz questão de esquecê-los, assim se faz prece diária de todos os dias quando eu acordo, que eu não perca o que se perde ao piscar os olhos, que eu entenda o que as palavras tem pra dizer entre suas linhas, que eu valorize a simplicidade dos gestos de carinho e cumplicidade.
Que eu seja memória, entrelinhas cruzadas, conhecedora das novidades mesmo quando já é cotidiano, que eu saiba entender silêncios, escolhas, processos, que eu me faça presente sendo conquista diária das pessoas, que eu seja descoberta, que saibam ler minhas entrelinhas, que saibamos ser um do outro como sempre ser fez sentido, sem perder essência.
 Que o piscar dos olhos seja a rotina!

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Das diferentes formas de compreender a liberdade e o amor II

Em meio a preces de amor livre e ciúmes que me indagam pego-me na avaliação das relações de autonomia e amor, das escolhas feitas, das utopias que se espera. 
Num constante movimento de avanço e refluxo daquilo que se julga teoria, observa-se, que aquilo que você encantou no pensamento confundi os sentidos, maltrata e dói. 
Mais do que a dor de sentir oposto, esta a dor de admitir, não pela teoria que vai com a correnteza enquanto você a puxa, mas pelo demostrar insegurança, falhas, fraquezas. 
Assim cabe a nós franqueza e sinceridade, nada de hipocrisia intelectual. É refletindo o amor livre, é entendendo sua forma de ser e amar que o constrói também. 
AUTONOMIA, para além da idealização escrita no papel, esta a escolha, a forma de ser, e se você ta bem escolhendo assim..abra-se como é.. 
Ruim é quando ainda esta inconstante pedindo pra confusão cessar, pra cabeça deixar de quebrar 

Pro peito encaixar...







...elogio do amor livre - Amparo Poch y Gascon

Prece do Amor Livre

Diz assim:
I. Tome a pétala fresca e suculenta; tome a polpa doce da fruta madura; tome a senda esbranquiçada sob o sol do poente, a colina de ouro, o carvalho, e a fonte na sombra. Tome meus lábios e meus dentes onde brincam as risadas como fios de água, e os fios de água
como risadas.

II. Eu não tenho Casa. Tenho, sim, um teto amável para resguardar você da chuva e um leito para que você descanse e me fale de amor. Mas não tenho Casa. Não quero! Não quero a insaciável ventosa que enfraquece o Pensamento, absorve a Vontade, mata o Sonho, quebra a doce linha da Paz e do Amor. Eu não tenho Casa. Quero amar no extenso “além” que não fecha nenhum muro nem limita nenhum egoísmo.

III. Meu coração é uma rosa de carne. Em cada folha tem uma ternura e uma ansiedade. Não o mutile! Tenho asas para ascender pelas regiões da pesquisa e do trabalho. Não as corte!
Tenho as mãos como palmas abertas para recolher moedas incontáveis de carícias. Não as acorrente!